quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

PAPA E AS SUCESSÕES


SOBRE O PAPA

São Cipriano († 258), bispo de Cartago, defensor da unidade da Igreja

“O Senhor diz a Pedro: “Eu te digo que és Pedro e sobre esta pedra edificarei minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão sobre ela. Dar-te-ei as chaves do reino dos céus... O Senhor edifica a sua Igreja sobre um só, embora conceda igual poder a todos os apóstolos depois de sua ressurreição, dizendo: “Assim como o Pai me enviou, eu os envio. Recebei o Espírito Santo, se perdoardes os pecados de alguém, ser-lhes-ão perdoados, se os retiverdes, ser-lhes-ão retidos. No entanto, para manifestar a unidade, dispõe por sua autoridade a origem desta mesma unidade partindo de um só. Sem dúvida, os demais apóstolos eram, como Pedro, dotados de igual participação na honra e no poder; mas o princípio parte da unidade para que se demonstre ser única a Igreja de Cristo... Julga conservar a fé quem não conserva esta unidade da Igreja? Confia estar na Igreja quem se opõe e resiste à Igreja? Confia estar na Igreja, quem abandona a cátedra de Pedro sobre a qual está fundada a Igreja?” (Sobre a Unidade da Igreja)

Santo Ireneu († 202)

“Porque é com essa Igreja (de Roma), em razão de sua mais poderosa autoridade de fundação, que deve necessariamente concordar toda igreja, isto é, que devem concordar os fiéis procedentes de qualquer parte, ela, na qual sempre, em benefício dos que procedem de toda parte, se conservou a Tradição que vem dos apóstolos” (Contra as Heresias).

São Pedro Crisólogo († 450)

“No interesse da paz e da fé não podemos discutir sobre questões relativas à fé sem o consentimento do Bispo de Roma”

São João Crisóstomo († 407), bispo de Constantinopla

“Pedro, na verdade, ficou para nós como a pedra sólida sobre a qual se apoia a fé e sobre a qual está edificada a Igreja. Tendo confessado ser Cristo o Filho de Deus vivo, foi-lhe dado ouvir: “Sobre esta pedra - a da sólida fé - edificarei a minha Igreja”(Mt 16,18). Tornou-se enfim Pedro o alicerce firmíssimo e fundamento da Casa de Deus, quando, após negar a Cristo e cair em si, foi buscado pelo Senhor e por ele honrado com as palavras: “apascenta as minhas ovelhas”(Jo 21,15s). Dizendo isto, o Senhor nos estimulou à conversão, e também a que de novo se edificasse solidamente sobre Pedro aquela fé, a de que ninguém perde a vida e a salvação, neste mundo, quando faz penitência sincera e se corrige de seus pecados”. (Haer. 59,c,8).

Eusébio de Cesaréia († 340)

“Pedro e Paulo, indo para a Itália, vos transmitiram os mesmos ensinamentos e por fim sofreram o martírio simultaneamente” (História Eclesiástica, II 25,8) Observação: A História da Igreja, desde cedo, mostra que os sucessores de S. Pedro em Roma fizeram uso da sua jurisdição. Por exemplo na questão da data da festa da Páscoa, no século II, alguns cristãos da Ásia Menor não queriam seguir o calendário de Roma; o Papa S. Victor (189-199) ameaçou-os de excomunhão (cf. Hist. Ecles. Eusébio V 24, 9-18). Ninguém contestou o Bispo de Roma, o Papa; e parecia claro a todos os bispos que nenhum deles podia estar em comunhão com a Igreja universal (já chamada de católica) sem estar em comunhão com a Igreja de Roma. Isto mostra bem o primado de Pedro desde o início da Cristandade.

Papa Pio XII - Encíclica “Mystici Corporis Christi”

“Há os que se enganam perigosamente, crendo poder se ligar a Cristo, cabeça da igreja, sem aderir fielmente a seu Vigário na terra. Porque suprimindo esse Chefe visível, quebrando os laços luminosos da unidade, eles obscurecem e deformam o Corpo místico do Redentor a ponto de ele não poder ser reconhecido e achado dentro dos homens, procurando o porto da salvação eterna”.

SOBRE A SUCESSÃO APOSTÓLICA

São Clemente de Roma († 102) - papa (88 - 97)

“Os apóstolos foram mandados a evangelizar pelo Senhor Jesus Cristo. Jesus Cristo foi enviado por Deus. Assim, Cristo vem de Deus e os apóstolos de Cristo. Essa dupla missão se sucede em boa ordem, por vontade de Deus. Assim, tendo recebido instruções, e estando plenamente convencidos pela ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo, e confirmados na fé pela palavra de Deus, saíram os Apóstolos a anunciar, na plenitude do Espírito Santo, a boa nova da aproximação do reino de Deus. Iam pregando por campos e cidades, batizavam os que obedeciam o desígnio de Deus, e iam estabelecendo aos que eram as primícias dentre eles como bispos e diáconos dos futuros fiéis, depois de prová-los no Espírito Santo. E isto não era novidade, pois desde muito tempo estava escrito de tais bispos e diáconos.” (n.VI) “Renunciemos, portanto, às nossas vãs preocupações e voltemos à gloriosa e veneranda regra de nossa Tradição.” (n.VII) “Para que a missão a eles [apóstolos] confiada fosse continuada após a sua morte, impuseram a seus colaboradores imediatos, como que por testamento, o múnus de completar e confirmar a obra iniciada por eles, recomendando que atendessem a todo o rebanho no qual o Espírito Santo os colocara para apascentar a Igreja de Deus. Constituíram pois, tais varões e em seguida ordenaram que, quando eles morressem, outros homens íntegros assumissem o seu ministério” (Carta aos Coríntios 42,44). “Também os nossos Apóstolos sabiam, por Nosso Senhor Jesus Cristo, que haveria contestações a respeito da dignidade episcopal. Por tal motivo e como tivessem perfeito conhecimento do porvir, estabeleceram os acima mencionados e deram, além disso, instruções no sentido de que, após a morte deles outros homens comprovados lhes sucedessem em seu ministério. Os que assim foram instituídos por eles, ou mais tarde por outros homens iminentes com a aprovação de toda a Igreja, e serviram de modo irrepreensível ao rebanho de Cristo com humildade, pacífica e abnegadamente, recebendo por longo tempo e da parte de todos o testemunho favorável, não é justo em nossa opinião que esses sejam depostos de seu ministério” (Cor 42, 1-3). Essas palavras de S. Clemente, discípulo de S. Paulo como confirma a tradição, é da maior importância; pois nos mostram que foi desejo expresso dos Apóstolos que acontecesse a sucessão deles. É por isso que após a morte de S. Pedro, a Igreja de Roma elegeu o seu sucessor, S. Lino, depois S. Anacleto, etc.

Tertuliano, bispo de Cartago († 202)

“ ... Foi inicialmente na Judéia que [os apóstolos] estabeleceram a fé em Jesus Cristo e fundaram igrejas, partindo em seguida para o mundo inteiro a fim de anunciarem a mesma doutrina e a mesma fé. Em todas as cidades iam fundando igrejas das quais, desde esse momento, as outras receberam o enxerto da fé, semente da doutrina, e ainda recebem cada dia, para serem igrejas. É por isso mesmo que serão consideradas como apostólicas, na medida em que forem rebentos das igrejas apostólicas. É necessário que tudo se caracterize segundo a sua origem. Assim, essas igrejas, por numerosas e grandes que pareçam, não são outra coisa que a primitiva Igreja apostólica da qual procedem. São todas primitivas, todas apostólicas e todas uma só. Para atestarem a sua unidade, comunicam-se reciprocamente na paz, trocam entre si o nome de irmãs, prestam-se mutuamente os deveres da hospitalidade: direitos todos esses regulados exclusivamente pela tradição de um mesmo sacramento. A partir daí, eis a prescrição que assinalamos. Desde o momento em que Jesus Cristo, nosso Senhor, enviou os apóstolos para pregarem, não se podem acolher outros pregadores senão os que Cristo instituiu. Pois ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho tiver revelado. E qual a matéria da pregação, isto é, o que lhes tinha revelado o Cristo?Aqui ainda assinalo esta prescrição: para sabê-lo é preciso ir às igrejas fundadas pessoalmente pelos apóstolos, por eles instruídas tanto de viva voz quanto pelas epístolas depois escritas. Nestas condições, é claro que toda doutrina em acordo com a dessas igrejas apostólicas, matrizes e fontes originárias da fé, deve ser considerada autêntica, pois contém o que tais igrejas receberam dos apóstolos, os apóstolos de Cristo e Cristo de Deus. Ao contrário, toda doutrina deve ser pré-julgada como proveniente da mentira se se opõe à verdade dos apóstolos, de Cristo e de Deus. Resta, pois, demonstrar que nossa doutrina, cuja regra formulamos acima, procede da tradição dos apóstolos e, por isso mesmo, as demais procedem da mentira. Nós estamos em comunhão com as igrejas apostólicas, se nossa doutrina não difere da sua: eis o sinal da verdade.”(Da Prescrição dos hereges, XIII - XX)

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IGREJA CATÓLICA


A Igreja Católica

NASCEU APÓS O BATISMO DO ESPÍRITO SANTO.

APÓS A VINDA DO ESPÍRITO SANTO QUANDO OS DISCÍPULOS ESTAVAM REUNÍDOS E JUNTO DELES ESTAVA MARIA MÃE DE JESUS-(DEUS FILHO).


Sobre esta Pedra edificarei a MINHA Igreja” (Mt 16,18).

A Pedra é Pedro (Jo 1, 40ss).

Ensina-nos a “Lumen Gentium” que a Igreja tem “a missão de anunciar e estabelecer em todas as gentes o Reino de Cristo e de Deus, e constitui ela própria na terra o germe e o início deste Reino” (LG ,5). Sem a Igreja não há, portanto, Reino de Deus.

Ela é o prolongamento da Encarnação de Jesus no meio dos homens, para formar, Nele, a grande família dos filhos de Deus. Ela é a trajetória do Cristo através dos séculos.

Bossuet: “A Igreja é Jesus Cristo derramado e comunicado a toda a terra”. Santo Inácio de Antioquia (†110): “Onde está o Cristo Jesus está a Igreja Católica”.

“A convocação da Igreja é por assim dizer a reação de Deus ao caos provocado pelo pecado” (Cat. §761). O Catecismo:

“Deus, infinitamente Perfeito e bem aventurado em si mesmo, em um desígnio de pura bondade, criou livremente o homem para fazê-lo participar de sua vida bem-aventurada. Eis por que, desde sempre e em todo lugar, está perto do homem. Chama-o e ajuda-o a procurá-lo, a conhecê-lo e a amá-lo com todas as suas forças. Convoca todos os homens, dispersos pelo pecado, para a unidade da sua família, a Igreja” (CIC, 1).

“Faz isto através do Filho, que enviou como Redentor e Salvador quando os tempos se cumpriram. Nele e por Ele, chama os homens a se tornarem, no Espírito Santo, seus filhos adotivos, e portanto os herdeiros da sua vida bem-aventurada” (nº 9).

Papa Paulo VI:

“A Igreja! Ela é nosso amor constante, nossa solicitude primordial, nosso pensamento fixo! ... Não se ama a Cristo se não se ama a Igreja; e não amamos a Igreja se não a amamos como a amou o Senhor: “Amou a Igreja e por ela se entregou” (Ef 5,25)".

“Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela, para santificá-la, purificando-a pela água do batismo, para apresentá-la a si mesmo toda glorificada, sem mácula, sem ruga, sem qualquer outro defeito semelhante, mas santa e irrepreensível” (Ef 5,25-27).

Santo Agostinho:

“A Igreja recebeu as chaves do Reino dos Céus para que se opere nela a remissão dos pecados pelo sangue de Cristo e pela ação do Espírito Santo. É nesta Igreja que a alma revive, ela que estava morta pelos pecados”.

São Clemente de Alexandria (†215):

"Assim como a vontade de Deus é um ato e se chama mundo, assim também sua intenção é a salvação dos homens, e se chama Igreja” (§760).

O Catecismo resume:

1 - “ Um projeto nascido no coração do Pai” (nº 759),
2 - “Prefigurada desde a origem do mundo”(nº 760),
3 - “Preparada na Antiga Aliança” (nº761),
4 - “Instituída por Jesus Cristo”(nº 763),
5 - “Manifestada pelo Espírito Santo” (nº 767),
6 - "A ser consumada na glória” (nº769),
7 - “ Mistério da união dos homens com Deus” (nº772),
8 - “Sacramento universal da salvação” (nº774),
9 - “Comunhão com Jesus” (nº787),
10 - “Corpo de Cristo” (nº787),
11 - “Esposa de Cristo” (nº796),
12 - “Templo do Espírito Santo” (nº797),
13 - “Povo de Deus” (nº781).

“O Senhor Jesus dotou a Sua comunidade de uma estrutura que permanecerá até a plena consumação do Reino” (§761).

Jesus tinha consciência de que a Sua Igreja teria uma longa duração sobre a face da terra até cumprir a missão de trazer para Deus toda a humanidade.

As parábolas sobre a Igreja mostram isso: o joio e o trigo (Mt 13,1-30)

“A colheita é o fim do mundo”(Mt 13,40); e que só então "o Filho do homem enviará seus anjos que retirarão do reino todos os escândalos e todos os que fazem o mal... Então no reino do seu Pai, os justos resplandecerão como o sol” (vs 41-42).

A parábola do grão de mostarda (Mt 13,31-32) também indica a longa caminhada e edificação da Igreja na terra, de maneira permanente e durável.

“É a menor de todas as sementes, mas quando cresce, torna-se um arbusto maior que todas as hortaliças, de sorte que os pássaros do céu vêm aninhar-se em seus ramos”.

Fidelidade à Igreja:

Em 1988, Monsenhor Ignatius Ong Pin-Mei, Bispo de Shangai, no dia seguinte de sua libertação, depois de passar 30 longos anos nas prisões da China:

“Eu fiquei fiel à Igreja Católica Romana. Trinta anos de prisão não me mudaram. Eu guardei a fé. Eu estou pronto amanhã a voltar novamente à prisão para defender minha fé” (PR).

Cardeal da Tchecoslováquia, Frantisek Tomasek, arcebispo de Praga, no ano de 1985, nos tempos difíceis da perseguição comunista:

Repórter: "Eminência, não está cansado de combater sem êxito?",

Cardeal: "Digo sempre uma coisa: quem trabalha pelo Reino de Deus faz muito; quem reza, faz mais; quem sofre, faz tudo. Este tudo é exatamente o pouco que se faz entre nós na Tchecoslováquia" ( IL Sabato 8,14/06/85, p.11)

FIDELIDADE À DOUTRINA DA IGREJA -CATECHESI TRADENDE,6

"O Cristocentrismo na catequese, entretanto, significa também que, mediante ela se deseja transmitir, não cada um a sua própria doutrina ou então a de um mestre qualquer, mas os ensinamentos de Jesus Cristo, a verdade que Ele comunica ou, mais precisamente, a Verdade que Ele é (Jo 14,6). A preocupação constante de todo catequista, seja qual for o nível de suas responsabilidades na Igreja, deve ser a de fazer passar, através de seu ensino e do seu modo de comportar-se, a doutrina e a vida de Jesus Cristo. Assim se há de procurar que não se detenha em si mesmo, nas suas opiniões e atitudes pessoais e a atenção e a adesão da inteligência e do coração daqueles que ele catequiza; e sobretudo ele não há de procurar inculcar as suas opiniões e as suas opções pessoais, como se elas exprimissem a doutrina e as lições de vida de Jesus Cristo. Todos os catequistas deveriam aplicar a si próprios a misteriosa palavra de Jesus: "A minha doutrina não é tão minha como Daquele que me enviou" (Jo 17,16;3,34;8,28;12,49s;14,24;17,8.14).

DEFESA DA FÉ (APOSTOLICAM ACTUOSITATEM, 6)

"Grassando na nossa época gravíssimos erros que ameaçam inverter profundamente a religião, este Concílio exorta de coração todos os leigos que assumam mais conscientemente suas responsabilidades nas defesas dos princípios cristãos".

IGREJA MESTRA DA VERDADE (DH, 14)

"Na formação de suas consciências, os cristãos hão de ater-se porém, à doutrina santa e certa da Igreja. Pois, por vontade de Cristo, a Igreja Católica é mestra da Verdade e assume a tarefa de anunciar e de ensinar autenticamente a Verdade que é Cristo."

"O discípulo tem o grave dever de anunciar a verdade recebida de Cristo com fidelidade e defendê-la com coragem".

A ÚNICA IGREJA DE CRISTO (LG,8)

"A única Igreja de Cristo é aquela que o nosso Salvador, depois de sua Ressurreição, entregou a Pedro para apascentar e confiou a ele e aos demais Apóstolos para propagá-la e regê-la... Esta Igreja, constituída e organizada neste mundo como uma sociedade, subsiste na Igreja Católica governada pelo sucessor de Pedro e pelos bispos em comunhão com ele".

ALERTA DE PUEBLA - SEITAS

"Muitas seitas têm se mostrado clara e pertinazmente, não só anti-católicas, mas até injustas contra a Igreja, e têm procurado minar seus membros menos esclarecidos. Devemos confessar com humildade que, em grande parte, até em determinados setores da Igreja, numa falsa interpretação do pluralismo religioso permitiu a propaganda de doutrinas errôneas e discutíveis" (n. 80).

Atuação dos Bispos:

"Este serviço dos pastores inclui o direito e o dever de corrigir e decidir, com clareza e firmeza que sejam necessários. (n.249).

"Em algumas ocasiões, falta a oportuna intervenção magisterial e profética do bispo, bem como maior coerência colegial" (n. 678)

"Porque virá tempos em que os homens já não suportarão a sã doutrina da salvação. Levados pelas próprias paixões e pelo prurido de escutar novidades, ajuntarão mestres para si. Apartarão os ouvidos da verdade e se atirarão às fábulas" (2Tm 4, 3-4).

"A Igreja é a coluna e o fundamento da verdade" (1Tm 3,15), e "Deus quer que todos se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade". (1 Tm 2,4).

A fé da Igreja está firmada em três pontos:

1. a Revelação divina escrita (a Sagrada Escritura)
2. a Revelação divina transmitida oralmente (a Sagrada Tradição)
3. o Ensinamento da Igreja (o Sagrado Magistério)

Um projeto nascido no Coração do Pai



§759 – “O Pai eterno, por libérrimo e arcano desígnio de sua sabedoria e bondade, criou todo universo; decidiu elevar os homens à comunhão da vida divina”, à qual chama todos os homens em seu Filho: “Todos os que crêem em Cristo, o Pai quis chamá-los a formarem a santa Igreja”. Esta “família de Deus” se constituiu e se realiza gradualmente ao longo das etapas da história humana, segundo as disposições do Pai.

Com efeito, “desde a origem do mundo a Igreja foi prefigurada.

Foi admiravelmente preparada na história do povo de Israel e na antiga aliança. Foi fundada nos últimos tempos. Foi manifestada pela efusão do Espírito. E no fim dos tempos será gloriosamente consumada”.

CREIO NA IGREJA UNA, SANTA, CATÓLICA E APOSTÓLICA

A IGREJA É CATÓLICA

§830 - A palavra “católico” significa “universal” no sentido de “segundo a totalidade” ou “segundo a integralidade”. A Igreja é católica em duplo sentido:

Ela é católica porque nela Cristo está presente. “Onde está Cristo Jesus, está a Igreja católica” (S. Inácio de Antioquia, Smyrm. 8,2). Nela subsiste a plenitude do Corpo de Cristo unido à sua Cabeça (Ef 1,22-23), o que implica que ela recebe dele “a plenitude dos meios de salvação” (AG 6) que ele quis: confissão de fé correta e completa, vida sacramental integral e ministério ordenado na sucessão apostólica. Neste sentido fundamental, a Igreja era católica no dia de Pentecostes (AG 4), e o será sempre, até ao dia da Parusia.

§868 – A Igreja é católica: anuncia a totalidade da fé; traz em si e administra a plenitude dos meios de salvação; é enviada a todos os povos; dirige-se a todos os homens; abarca todos os tempos; “ela é, por sua própria natureza, missionária” (AG 2).

“Pois somente através da Igreja católica de Cristo, auxílio geral de salvação, pode ser atingida toda a plenitude dos meios de salvação. Cremos que o Senhor confiou todos os bens do Novo Testamento ao único Colégio Apostólico à cuja cabeça está Pedro, a fim de constituir na terra um só Corpo de Cristo, ao qual é necessário que se incorporem plenamente todos os que, de alguma forma, já pertencem ao Povo de Deus” (UR 3).

A IGREJA É APOSTÓLICA

§870 – “A única Igreja de Cristo, que no Símbolo confessamos una, santa, católica e apostólica... subsiste na Igreja católica, governada pelo sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele, embora fora de sua estrutura visível se encontrarem numerosos elementos de santificação e de verdade (LG 8).”

§857 - A Igreja é apostólica por ser fundada sobre os Apóstolos, e isto em um tríplice sentido:

1 - Foi e continua sendo construída sobre o “fundamento dos apóstolos“ (Ef 2,20; Ap 21,14), testemunhas escolhidas e enviadas em missão pelo próprio Cristo (Mt 28,16-20; At 1,8; 1Cor 9,1; 15,7-8; Gl 1,1 etc).

2 - ela conserva e transmite, com o auxílio do Espírito que nela habita, o ensinamento (At 2,42) , o depósito precioso, as salutares palavras ouvidas da boca dos apóstolos (2Tm 1,13-14).

3 - ela continua a ser ensinada, santificada e dirigida pelos Apóstolos, até a volta de Cristo, graças ao que a eles sucedem na missão pastoral: o colégio dos Bispos, “assistido pelos presbíteros, em união com o sucessor de Pedro, pastor supremo da Igreja” (AG 5).

“Pastor eterno, Vós não abandonais o rebanho, mas o guardais constantemente pela proteção dos Apóstolos. E assim a Igreja é conduzida pelos mesmos pastores que pusestes à sua frente como representantes de vosso Filho, Jesus Cristo, Senhor nosso”( MR, prefácio dos Apóstolos, I).

§869 – A Igreja é apostólica: está construída sobre fundamentos duradouros: “Os doze Apóstolos do Cordeiro” (Ap 21,14); Ela é indestrutível (Mt 16,18);

A IGREJA RECEBEU O DOM DA INFALIBILIDADE

É infalivelmente mantida na verdade (Mt 28,20; Jo 14,25; 16,13):

§889- Para manter a Igreja na pureza da fé transmitida pelos Apóstolos, Cristo quis conferir à sua Igreja uma participação na sua própria infalibilidade, ele que é a Verdade. Pelo “sentido sobrenatural da fé”, o Povo de Deus “se atém indefectivelmente à fé”, sob guia do Magistério vivo da Igreja (LG 12; DV 10).

§891- “Goza desta infalibilidade o Pontífice Romano, chefe do Colégio dos Bispos, por força do seu cargo quando, na qualidade de pastor e doutor supremo de todos os fiéis, e encarregado de confirmar seus irmãos na fé proclama, por um ato definitivo, um ponto de doutrina que concerne à fé e aos costumes... A infalibilidade prometida à Igreja reside também no corpo episcopal quando este exerce seu magistério supremo em união com o sucessor de Pedro”, sobretudo em um Concílio Ecumênico (LG 25; Conc. Vat. I, DS 3074).

§2035 - O grau supremo da participação na autoridade de Cristo é assegurada pelo carisma da infalibilidade. Esta tem a mesma extensão que o depósito da revelação divina (LG 25), estende-se ainda a todos os elementos de doutrina, incluindo a moral, sem os quais as verdades salutares da fé não podem ser preservadas, expostas ou observadas (CDF, decl. Mysterium Ecclesiae,3).

A IGREJA É UNA

§866 – A Igreja é una: tem um só Senhor, confessa uma só fé, nasce de um só Batismo, forma um só Corpo, vivificado por um só Espírito, em vista de uma única esperança (Ef 4,3-5), no fim da qual serão superadas todas as divisões.

§813 - A igreja é una pela sua fonte: “Deste mistério, o modelo supremo e o princípio é a unidade de um só Deus na Trindade de Pessoas, Pai e Filho no Espírito Santo” (UR 2).

A Igreja é una pelo seu Fundador: “Pois o próprio Filho encarnado, príncipe da paz, por sua cruz reconciliou todos os homens com Deus, restabelecendo a união de todos em um só Povo, em um só Corpo” (GS 78,3).

A Igreja é una pela sua “alma”: “O Espírito Santo que habita nos crentes, que plenifica e rege toda a Igreja, realiza esta admirável comunhão dos fiéis e os une tão intimamente em Cristo, que ele é o princípio de Unidade da Igreja” (UR 2). Portanto, é da própria essência da Igreja ser una:

“Que estupendo mistério ! Há um único Pai do universo, um único Logos do universo e também um único Espirito Santo, idêntico em todo lugar, há também uma única virgem que se tornou mãe, e me agrada chamá-la Igreja”(Clemente de Alexandria, Paed, 1,6).

§814 - Contudo, desde a origem esta Igreja una se apresenta com uma grande diversidade, que provém ao mesmo tempo da variedade dos dons de Deus e da multiplicidade das pessoas que os recebem. Na unidade do Povo de Deus se congregam as diversidades dos povos e das culturas.

“Na comunhão eclesiástica há legitimamente Igrejas particulares, gozando de tradições próprias” (LG 13). A grande riqueza desta diversidade não se opõe à unidade da Igreja, Todavia, o pecado e o peso das suas conseqüências ameaçam sem cessar o Dom da unidade. Assim o apóstolo tem de exortar a “conservar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz”(Ef 4,3).

§815 - A unidade da Igreja peregrinante é também assegurada por vínculos visíveis de comunhão:

1- a profissão de uma única fé recebida dos Apóstolos;
2- a celebração comum do culto divino, sobretudo dos sacramentos;
3-a sucessão apostólica através do Sacramento da Ordem, custodia a concórdia fraterna da família de Deus (UR 2; LG 14; CDC cân. 205).

A IGREJA É ÚNICA

§816 - “A única Igreja de Cristo,... é aquela que nosso Salvador, depois da sua Ressurreição, entregou a Pedro para apascentar e confiou a ele e aos demais Apóstolos para propagá-la e regê-la... Esta Igreja, constituída e organizada neste mundo como uma sociedade, subsiste (“subsistit in”) na Igreja Católica governada pelo sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele” (LG 8).

A IGREJA É SANTA

§867 – A Igreja é santa: o Deus Santíssimo é o seu Autor; Cristo, seu Esposo, se entregou por ela para santificá-la (Ef 5, 25); o Espírito de santidade a vivifica.

Embora congregue pecadores, ela é “imaculada (feita) de maculados” (“ex maculatis immaculata”).

Nos santos brilha a santidade da Igreja;

Em Maria esta já é a toda santa.

§823 - “A Igreja... é, aos olhos da fé, indefectivelmente santa. Pois Cristo, Filho de Deus, que com o Pai e o Espirito Santo é proclamado o único Santo, amou a Igreja como sua Esposa.

Por ela se entregou com o fim de santificá-la. Uniu-a a si como seu corpo e cumulou-a com o dom do Espírito Santo, para a glória de Deus” (LG 39).

A Igreja é, portanto, “o Povo santo de Deus” (LG 12), e seus membros são chamados “santos” (At 9,13; 1Cor 6,1; 16,1).

“A Igreja é santa, mesmo compreendendo pecadores no seu seio, pois não possui outra vida senão a da graça: é vivendo da sua vida que seus membros se santificam; é subtraindo –se à vida dela que caem nos pecados e nas desordens que impedem a irradiação da santidade dela. É por isso que ela sofre e faz penitência por essas faltas, das quais tem o poder de curar seus filhos, pelo sangue de Cristo e pelo dom do Espírito Santo” (Papa Paulo VI, SPF 19).

A Igreja, unida a Cristo , é santificada por Ele; por Ele e nele torna-se também santificante. Todas as obras da Igreja tendem, como a seu fim, “à santificação do homem em Cristo e à glorificação de Deus” (SC 10).

É na Igreja que “adquirimos a santidade pela graça de Deus” (LG 48)

§825 - “Já na terra a Igreja está ornada de verdadeira santidade, embora imperfeita” (LG 48). Nos seus membros, a santidade perfeita ainda é coisa a adquirir: “Munidos de tantos e tão salutares meios, todos os cristãos, de qualquer condição ou estado, são chamados pelo Senhor, cada um por seu caminho, à perfeição da santidade pela qual é perfeito o próprio Pai” (LG 11).

§827 - “Mas enquanto, Cristo, santo, inocente, imaculado, não conheceu o pecado mas veio apenas para expiar os pecados do povo, a Igreja, reunindo em seu próprio seio os pecadores, ao mesmo tempo santa e sempre necessitada de purificar-se, busca-se sem cessar a penitência e a renovação” (LG 8; UR 3; 6).

Todos os membros da Igreja, inclusive os seus ministros, devem reconhecer-se pecadores (1Jo1,8-10). Em todos eles, o joio do pecado continua mesclado ao trigo do Evangelho até o fim dos tempos (Mt 13,24-30).

§828 - Ao canonizar certos fiéis, isto é, ao proclamar solenemente que esses fiéis praticaram heroicamente as virtudes e viveram na fidelidade à graça de Deus, a Igreja reconhece o poder do Espírito de santidade que está em si e sustenta a esperança dos fiéis dando-lhos como modelos e intercessores (LG 40; 48-51). “Os santos e as santas sempre foram fonte de origem de renovação nas circunstâncias mais difíceis da história da Igreja” (CL 16,3). Com efeito, “a santidade é a fonte secreta e a medida infalível da sua atividade apostólica e do seu elã missionário” (CL 17,3).

TODOS SÃO CHAMADOS Á SANTIDADE

“A santidade é a força mais poderosa para levar os homens a Cristo” (Papa João Paulo II)

“Todos os fiéis são convidados e obrigados a buscar a santidade em seu estado de vida” (LG)

“Eu sou o Senhor que vos tirou do Egito para ser o vosso Deus. Sereis santos porque Eu sou Santo” (Lv 1,44-45).

“A exemplo da santidade daquele que vos chamou, sede também vós santos, em todas as vossas ações, pois está escrito: Sede santos, porque eu sou santo” (1Pe 1,15-16).

“Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação; que eviteis a impureza; que cada um de vós saiba possuir o seu corpo em santificação e honestidade, sem se deixar levar pelas paixões desregradas como fazem os pagãos que não conhecem a Deus” (1 Tess 4,3-5).


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A Igreja recebeu o Dom da Infabilidade

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MATÉRIA

“A Igreja é a coluna e o sustentáculo da verdade” (1Tm 3,15).

“Toda autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28,18-20)

“Se me amais, guardareis os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Paráclito, para que fique eternamente convosco. É o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece, mas vós o conhecereis, porque permanecerá convosco e estará em vós. Não vos deixarei órfãos. Voltarei a vós” (Jo 14, 15-17)

“Disse-vos estas coisas enquanto estou convosco. Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas e vos recordará tudo o que vos tenho dito” (Jo 14, 25-26).

“Muitas coisas ainda tenho a dizer-vos, mas não as podeis suportar agora. Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á toda a verdade..” (Jo 16,12-13).

§889- Para manter a Igreja na pureza da fé transmitida pelos Apóstolos, Cristo quis conferir à sua Igreja uma participação na sua própria infalibilidade, ele que é a Verdade. Pelo “sentido sobrenatural da fé”, o Povo de Deus “se atém indefectivelmente à fé”, sob guia do Magistério vivo da Igreja (LG 12; DV 10).

§891- “Goza desta infalibilidade o Pontífice Romano, chefe do Colégio dos Bispos, por força do seu cargo quando, na qualidade de pastor e doutor supremo de todos os fiéis, e encarregado de confirmar seus irmãos na fé proclama, por um ato definitivo, um ponto de doutrina que concerne à fé e aos costumes... A infalibilidade prometida à Igreja reside também no corpo episcopal quando este exerce seu magistério supremo em união com o sucessor de Pedro”, sobretudo em um Concílio Ecumênico (LG 25; Conc. Vat. I, DS 3074).

Condições necessárias para que uma definição do Papa tenha caráter de dogma, sentença infalível:

1. É necessário que ele fale “ex-cathedra”, isto é, de maneira decisiva, como Pastor e Mestre dos cristãos, e não apenas de modo particular. Ele não é obrigado a consultar algum Concílio e ninguém, embora possa fazê-lo, e quase sempre o faz.

2. A matéria a ser definida se refira apenas à fé e à moral; isto é, se relacione com a crença e o comportamento dos cristãos.

3. Que o Sumo Pontífice queira proferir uma sentença definitória e definitiva, irrevogável, imutável, sobre o assunto em questão.

Somente a sentença final é objeto da infalibilidade, e não os argumentos e as conclusões derivadas da sentença proclamada. E não há uma fórmula única de redação para a definição dogmática. Os termos normalmente usados pelos Papas são:"pronunciamos", "definimos", "decretamos", "declaramos", etc.

§2035 - O grau supremo da participação na autoridade de Cristo é assegurada pelo carisma da infalibilidade. Esta tem a mesma extensão que o depósito da revelação divina (LG 25), estende-se ainda a todos os elementos de doutrina, incluindo a moral, sem os quais as verdades salutares da fé não podem ser preservadas, expostas ou observadas (CDF, decl. Mysterium Ecclesiae,3).

Proclamações dogmáticas dos Papas

Fonte: D. Estevão Bettencourt, na revista “Pergunte e Responderemos” (nº 381, pp. 67 a 72, 1994).

1 - Em 449, a carta do Papa São Leão Magno a Flaviano, bispo de Constantinopla: “em Cristo há uma só Pessoa (a Divina) e duas naturezas” (divina e humana). Esta carta foi enviada pelo Papa ao Concílio Ecumênico de Calcedônia, no ano 451 e os Padres conciliares a consideraram como um documento definitivo e obrigatório para todos os fiéis. O Papa reprimia assim a heresia chamada monofisitismo ou monofisismo.

2 - Em 680, a carta do Papa S. Agatão “aos imperadores” afirmava, em termos definitivos, haver em Cristo duas vontades distintas, a Divina e a humana, sendo porém que a vontade humana ficava em tudo moralmente submissa à vontade divina. Assim o Papa reprimia a heresia do monotelitismo, que afirmava haver em Cristo apenas uma vontade, a divina. O documento foi enviado pelo Papa à assembléia do Concílio de Constantinopla III (680/681), a qual a aceitou com aplausos.

3 - Em 1302, o Papa Bonifácio VIII, através da Bula “Unam Sanctam”, “declara, afirma, define e pronuncia que toda criatura humana está sujeita ao Romano Pontífice”. Esta sentença deve ser entendida no quadro histórico da época, e quer dizer que o Papa tem jurisdição sobre toda e qualquer criatura humana “ratione peccati”, isto é, na medida em que as atividades de determinada pessoa dizem respeito à vida eterna, e não nas atividades administrativas dos governos civis.

4 - Em 1336, através da Constituição “Benedictus Deus”, o Papa Bento XII definiu que, logo após a morte corporal, as almas totalmente puras são admitidas à contemplação da essência de Deus face à face.

5 - Em 1520, através da Bula “Exsurge Domine”, o Papa Leão X condenou 41 proposições de Lutero como heréticas.

6 - Em 1653, através da Constituição Apostólica “Cum Occasione” o Papa Inocêncio X reprovava as cinco proposições extraídas da obra “Augustinus” de Cornélio Jansenius, definindo-as como heréticas.

O jansenismo (de Cornelius Jansenius), influenciado pelas idéias de Lutero sobre o pecado original, ensinava um conceito pessimista sobre a natureza, julgando-a escravizada à concupiscência e ao pecado; em conseqüência, admitiam que o homem só pode praticar o bem em virtude de irresistível influxo da graça de Deus. O pessimismo Jansenista ainda era acentuado pela tese de que Cristo não remiu todos os homens, mas apenas os predestinados. Essas heresias foram condenadas por Inocêncio X.

7 - Em 1687, através da Constituição “Caelestis Pastor”, o Papa Inocêncio XI condenou como heréticas 68 proposições de Miguel de Molinos (†1696), sobre o Quietismo, que era uma tendência mística que coincidia a perfeição espiritual com tranqüilidade e passividade da alma, de modo que o cristão não desejava mais a sua bem aventurança eterna, nem a aquisição da virtude; qualquer tendência nele estaria extinta. A alma colocada neste estado de aniquilamento não pecaria mais, e não seriam mais necessárias as orações vocais, as práticas de piedade e a luta contra as tentações.

8 - Em 1699, através da Constituição “Cumm alias”, o Papa Inocêncio XII condenou 23 proposições de François de Salignac Fènelon, da obra “Explications des máximes des Saints sur la vie intérieure”, que pretendiam renovar o Quietismo, apresentando-o como modalidade de puríssimo amor a Deus.

9 - Em 1713, através da Constituição “Unigenitus”, o Papa Clemente XI condenou 101 afirmações do livro “Reflexions Moralis” de Pascássio Quesnel (†1719). Era de novo o Jansenismo, com suas concepções pessimistas. É relevante lembrar aqui que foi na crise jansenista que se deram as aparições do Sagrado Coração de Jesus (1673-1675) à Santa Margarida Maria Alocoque, que sobretudo lembrava ao mundo a misericórdia de Deus e o Amor de Cristo que se fez homem, em oposição às teses do jansenismo pessimista.

10 - Em 1794, através da Constituição “Auctorem Fidei”, o Papa Pio VI condenava 85 teses heréticas promulgadas em 1786 pelo Sínodo de Pistoria (Toscana), que eram a expressão radical do nacionalismo e do despotismo de Estado que haviam começado a crescer nos tempos de Felipe IV, o Belo, da França. Essa mentalidade levava os soberanos católicos a pretender criar Igrejas regionais, independentes do Papa, subordinando a Igreja ao Estado. Entre outras coisas pretendia a abolição da devoção ao Sagrado Coração de Jesus, das procissões, das imagens, das indulgências, das espórtulas da Missa e outros serviços religiosos, redução das Ordens e Congregações Religiosas a um tipo só, jansenista.

11 - Em 1854, pela bula “Inefabilis Deus”, o Papa Pio XI definiu o dogma da Imaculada Conceição de Maria.

12 - Em 1950, pela Constituição “Munificientíssimus Deus”, o Papa Pio XII definiu o dogma da Assunção de Nossa Senhora ao Céu, de corpo e alma.

Concílio Vaticano II:

“Religiosa submissão da vontade e da inteligência devem de modo particular, ser prestada ao autêntico Magistério do Romano Pontífice, mesmo quando não fala “ex-cathedra”. E isto de tal modo que seu magistério supremo seja reverentemente reconhecido, suas sentenças sinceramente acolhidas, sempre de acordo com a sua mente e vontade” (LG, 25).

São Tomás de Aquino afirma que:
“Ao canonizar os santos, o Sumo Pontífice é de modo particular guiado pela inspiração do Espírito Santo”.

- Magistério Ordinário: que é o ensinamento dos Bispos do mundo inteiro concordes entre si sobre os artigos da fé e de moral, em perfeita comunhão com o Papa.

- Magistério Extraordinário: que é exercido em casos especiais, e que tem duas expressões: as definições dos Concílios Ecumênicos (universais), e as definições o Sumo Pontífice quando fala "ex-cathedra". É empregado normalmente quando há dúvidas, contestações, sobre algum artigo da fé.

A IGREJA CATÓLICA É INDESTRUTÍVEL

“ Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a MINHA Igreja; Eu te darei as chaves do Reino dos céus; tudo o que ligardes na Terra será ligado no Céu... e as potências do inferno jamais prevalecerão contra ela” (Mt 16, 16s)

Prudêncio (348-410), escritor cristão e conselheiro do imperador Teodósio:
“ Este é o significado das vitórias e dos triunfos do Império. A paz romana preparou o caminho para a vinda de Cristo.”

Tertuliano, leigo, escritor cristão de Cartago (†220) disse que:
“Nunca houve entre os cristãos um revoltado, um conspirador, um assassino”. “Nós nos multiplicamos quando nos ceifam”. “Sanguis martyrum est semen christianorum”.

As provas históricas

É a única Instituição que já tem 2000 anos.

É a única Instituição que já teve 266 Chefes

Não foi destruída pelo Império Romano.

Não foi destruída pelos bárbaros.

Certa vez Stalin, ditador e comunista soviético, após a Segunda Guerra, para desafiar a Igreja, perguntou “quantas legiões de soldados tinha o Papa”; é pena que ele não tivesse sobrevivido até hoje para ver o que aconteceu com o comunismo...

Não foi destruída pelas heresias: Gnosticismo, Adocionismo, Montanismo, Marcionismo, Donatismo, Novacianismo, Priscilianismo, Arianismo, Macedonismo, Pelagianismo, Nestorianismo, Apolinarismo, Monofisismo, Monoteletismo... Jansenismo, Quietismo, etc.

Não foi destruída pelos pecados dos seus filhos: leigos e clero: investidura leiga, nicolaismo, simonia, etc.

Não foi vencida pelo nazismo, pelo comunismo, pelo islamismo.

Não foi vencida pelos racionalistas e iluministas.

A Igreja é divina porque sua cabeça é Jesus Cristo. Jamais será vencida.

Santo Agostinho (354-430), assim explicou esta verdade:
“Alegremo-nos, portanto, e demos graças por nos termos tornado não somente cristãos, mas o próprio Cristo. Compreendeis irmãos, a graça que Deus nos concedeu ao dar-nos Cristo como Cabeça? Admirai e rejubilai, nós nos tornamos Cristo, com efeito, uma vez que Ele é a Cabeça, e nós somos os membros, o homem inteiro é constituído por Ele e por nós. A plenitude de Cristo é, portanto, a Cabeça e os membros; que significa isto: a cabeça e os membros? Cristo e a Igreja ( Comentários ao Evang. de João 21,8).

No Decreto sobre o Ecumenismo, o Concílio Vaticano II disse:
“Pois somente por meio da Igreja católica de Cristo, a qual é meio de salvação, pode ser atingida toda a plenitude dos meios da salvação. Cremos que o Senhor confiou todos os bens da Nova Aliança somente ao Colégio dos Apóstolos, do qual Pedro é o chefe, a fim de constituir na terra um só Corpo de Cristo, ao qual é necessário que se incorporem plenamente todos os que, de alguma forma, já pertencem ao Povo de Deus. (Unitatis Redintegratio, 3)

Quem pergunta: “Por que a Igreja?”, incorre no mesmo erro de quem pergunta: “Por que Cristo?” Cristo veio do Pai e deixou a Igreja. O Pai enviou Jesus para a salvação do mundo, e Cristo enviou a Igreja.

“Assim como o Pai me enviou eu vos envio a vós...” (João 20,21)

Teilhard de Chardin: “Sem a Igreja o Cristo se esfacela”.

TESTEMUNHOS DA TRADIÇÃO

Lactâncio (Luccius Caccilius Firmianus, 260-325), apologista cristão, dizia no século III: “Somente a Igreja sustenta tudo”.

São Vicente de Lerins (†450):
“A Igreja de Cristo, cuidadosa e cauta guardiã dos dogmas que lhe foram confiados, jamais os altera; em nada os diminui, em nada lhes adiciona; não a priva do que é necessário, nem lhe acrescenta o que é supérfluo; não perde o que é seu, nem se apropria do que pertence aos outros, mas com todo o zelo, recorrendo com fidelidade e sabedoria aos antigos dogmas, tem como único desejo aperfeiçoar e purificar aqueles que antigamente receberam uma primeira forma e esboço, consolidar e reforçar aqueles que já foram evidenciados e desenvolvidos, salvaguardar aqueles que já foram confirmados e definidos” (Commonitorium, XXIII).

“Perguntando eu com toda atenção e diligência a numerosos varões, eminentes em santidade e doutrina, que norma poderia achar, segura, enquanto possível genérica e regular, para distinguir a verdade da fé católica da falsidade da heresia, eis a resposta constante de todos eles: quem quiser descobrir as fraudes dos hereges nascentes, evitar seus laços e permanecer sadio e íntegro na sadia fé, há de resguardá-la, sob o auxílio divino, duplamente: primeiro com a autoridade da Lei divina, e segundo, com a tradição da Igreja Católica” (Commonitorium).

Santo Epifânio (†403), batalhador contra as heresias:
“A Igreja é a finalidade de todas as coisas”. (Haer. 1,1,5) “Há um caminho real, que é a Igreja católica, e uma só senda da verdade. Toda heresia, pelo contrário, tendo deixado uma vez o caminho real, desviando-se para a direita ou para a esquerda, e abandonada a si mesma por algum tempo, cada vez mais se afunda em erros.

Eia, pois, servos de Deus e filhos da Igreja santa de Deus, que conheceis a regra segura da fé, não deixeis que vozes estranhas vos apartem dela nem que vos confundam as pretensões das erroneamente chamadas ciências” (Haer.59,c. 12s).

São Leão Magno (400-461), Papa e doutor da Igreja:
“Quem se aparta da confissão da verdade, muda de caminho e o percurso inteiro se torna afastamento. Tanto mais próximo da morte estará quanto mais distante da luz católica.”

São Máximo Confessor (580-662):
“Com efeito, desde a descida até nós do Verbo encarnado, todas as Igrejas cristãs de toda parte consideram e continuam considerando a grande Igreja que está aqui em Roma como única base e fundamento, visto que, segundo as próprias promessas do Salvador, as portas do inferno nunca prevalecerão contra ela.” (Opus., PG 91, 137-140).

São Bernardo (1090-1153), doutor da Igreja, mostra todo o seu amor à Igreja nessas palavras memoráveis: “Permaneceremos na fé e combateremos até à morte, se for necessário, pela Igreja, nossa Mãe, com as armas que nos são permitidas: não com escudos e espadas, mas com as orações e as lágrimas a Deus” (Epist. 221, 3; Migne, P.L.; CLXXXII, 36,387).

São Tomás de Aquino (1225-1274), doutor da Igreja:
“O bem de Cristo é comunicado a todos os membros, e essa comunicação se faz através dos sacramentos da Igreja”.

Santa Tereza de Ávila (1515-1582), doutora, na época de Lutero, dizia:
“Procurai a limpeza de consciência e humildade, desprezo de todas as coisas do mundo e fé inabalável no que ensina a santa Madre Igreja” (Caminho de Perfeição, Ed. Paulinas, 2. ed., pag 129,1979, SP ).

Aristides de Atenas (†130), apolista cristão, em defesa deles, escreveu assim ao imperador romano Adriano (Apologia) :
“Os cristãos ó rei, vagando e buscando, acharam a verdade conforme pudemos achar em seus livros, estão mais próximos que os outros povos da verdade e do conhecimento certo, pois crêem no Deus criador do céu e da terra, naquele em quem tudo é e de quem tudo procede, que não tem outro Deus por companheiro e do qual eles mesmos receberam os preceitos que guardam no coração, com a esperança e expectativa do século futuro.

Por isso, não cometem adultério, não praticam a fornicação, não levantam falso testemunho, não recusam devolver um depósito, não se apropriam do que não lhes pertence. Honram pai e mãe, fazem bem ao próximo e, quando em juízo, julgam com equidade. Não adoram os ídolos - semelhantes aos homens. O que não desejam que lhes façam os outros não o fazem também; não comem alimentos de sacrifícios idolátricos, pois são puros. Exortam os que os afligem, a fim de fazê-los amigos.

Suas mulheres, ó rei, são puras como virgens, suas filhas são modestas. Seus homens se abstém de toda união ilegítima e da impureza, esperando a retribuição que terão no outro mundo. Aos escravos e escravas, bem como a seus filhos – se os têm – persuadem a tornar-se cristãos, em razão do amor que lhes dedicam, e quando se tornam, chamam-nos indistintamente irmãos. Não adoram a deuses estranhos e vivem com humildade e mansidão, sem qualquer mentira entre eles.

Amam-se uns aos outros, não desprezam as viúvas. Protegem o órfão dos que os tratam com violência. Possuindo bens, dão sem inveja aos que nada possuem. Avistando o forasteiro, introduzem-no na própria casa e se alegram por ele, como se fora verdadeiro irmão: pois se dão o apelativo de irmãos, não segundo o corpo, mas segundo o espírito e em Deus. Se algum pobre passa deste mundo, alguém sabendo, encarrega-se – na medida de suas forças – de dar-lhe sepultura. Se conhecem um encarcerado ou oprimido por causa do nome do seu Cristo, ficam solícitos a seu respeito e se possível libertam-no. Quando um pobre ou necessitado surge entre eles e não possuem abundância de recursos para ajudá-lo, jejuam dois ou três dias para obter o necessário para o seu sustento.

Guardam com diligência os preceitos de Cristo, vivem reta e modestamente – conforme lhes ordenou o Senhor Deus. Todas as manhãs e horas louvam e glorificam a Deus pelos benefícios recebidos, dando graças por seu alimento e bebida. Mesmo se acontece que um justo – entre eles – passa deste mundo, alegram-se e dão graças a Deus, ao acompanharem o cadáver, como se emigrasse de um lugar para outro. E assim como quando nasce um filho louvam a Deus, também se ele morre na infância glorificam a Deus, por quem atravessou o mundo sem pecados. Mas vendo alguém morrer na malícia e nos pecados, choram amargamente e gemem por ele, supondo-o ir ao castigo. Tal é, ó rei, a constituição da lei dos cristãos e tal a sua conduta”.

Da Carta a Diogneto - Esta Carta é um dos mais antigos documentos que conta a vida dos primeiros cristãos; é de um autor desconhecido, que escreveu a um tal Diogneto; é do século II.

“Dai a cada um o que lhe é devido: o imposto a quem é devido; a taxa a quem é devida; a reverência a quem é devida; a honra a quem é devida [Rom 13,7].

Os cristãos residem em sua própria pátria, mas como residentes estrangeiros. Cumprem todos os seus deveres de cidadãos e suportam todas as suas obrigações, mas de tudo desprendidos, como estrangeiros... Obedecem as leis estabelecidas, e sua maneira de viver vai muito além das leis... Tão nobre é o posto que lhes foi por Deus outorgado, que não lhes é permitido desertar” (5,5; 5,10;6,10).

Os cristãos não diferem dos demais homens pela terra, pela língua, ou pelos costumes. Não habitam cidades próprias, não se distinguem por idiomas estranhos, não levam vida extraordinária. Além disso, sua doutrina não encontraram em pensamento ou cogitação de homens desorientados. Também não patrocinam, como fazem alguns, dogmas humanos...

Qualquer terra estranha é pátria para eles; qualquer pátria, terra estranha. Tem a mesa em comum, não o leito. Vivendo na carne, não vivem segundo a carne. Na terra vivem, participando da cidadania do céu. Obedecem às leis, mas as ultrapassam em sua vida. Amam a todos, sendo por todos perseguidos... E quando entregues à morte, recebem a vida. Na pobreza, enriquecem a muitos; desprovido de tudo, sobram-lhes os bens. São desprezados, mas no meio das desonras, sentem-se glorificados. Difamados, mas justo; ultrajados, mas benditos, injuriados prestam honra.

Fazendo o bem são punidos como malfeitores; castigados, rejubilam-se como revificados. Os judeus hostilizam-nos como alienígenas; os gregos os perseguem, mas nenhum de seus inimigos pode dizer a causa de seu ódio. Para resumir, numa palavra, o que é a alma no corpo, são os cristãos no mundo: como por todos os membros do corpo está difundida a alma, assim os cristãos, por todas as cidades do universo...”

Igreja Católica – a Instituição de maior credibilidade

De junho a julho de 2001, o Consórcio Interamericano de Empresas de Investigação de Mercado e Assessoramento realizou, em 14 países da América Latina e em Portugal e na Espanha, um levantamento a respeito da confiança em diferentes instituições reveladas pelas respectivas populações. No Brasil a pesquisa foi conduzida pela E. Paesani . A Gallup Argentina divulgou, em novembro, relatório com os resultados encontrados (http://www.gallup.com.ar/pub.htm).

Eis o resultado dessa pesquisa nesses 16 países (Instituição e Grau de confiança):
Igreja Católica – 71%
Educação – 67%
Noticiários de TV – 65%
Empresas privadas, Forças Armadas, Bancos - 51% a 56%
Polícia – 37%
Sindicatos – 34%
Justiça – 29%
Congresso – 23%
Partidos políticos – 15%
O resultado da pesquisa no Brasil apresentou o seguinte resultado:

Igreja Católica – 58%
Noticiários de TV – 54%
Forças Armadas – 53%
Imprensa – 43%
Bancos – 39%
Educação – 35%
Empresas privadas – 32%
Sindicatos – 31%
Justiça – 21%
Polícia – 19%
Partidos políticos – 10%
Congresso – 8%

Fonte: Folha de São Paulo – 04/012001 – Tendências / Debate -

Padres da Igreja- Patristica

S. Clemente de Roma (†102), Papa (88-97)
Santo Inácio de Antioquia (†110)
Aristides de Atenas (†130)
São Policarpo de Esmira (†156)
Pastor de Hermas (†160)
Aristides de Atenas (†160)
S. Hipólito de Roma (160-235)
São Justino (†165)
Militão de Sardes (†177)
Atenágoras (†180)
S. Teófilo de Antioquia (†181)
Orígenes de Alexandria (184-254)
Santo Ireneu (†202)
Tertuliano de Cartago (†220)
S. Clemente de Alexandria (†215)
Metódio de Olimpo (Sec.III)
S. Cipriano de Cartago (210-258)
Novaciano (†257)
S. Atanásio - (295 -373), Alexandria .
S. Efrém - (306 - 373), diácono, Mesopotânia
S. Hilário de Poitiers - (310 - 367) - bispo
S. Cirilo de Jerusalém - (315 - 386) - bispo
S. Basílio Magno (330 - 369) - bispo, Cesaréia.
S. Gregório Nazianzeno - (330 - 379), bispo
S. Ambrósio - (340 - 397), bispo, Treves - Itália.
Eusébio de Cesaréia (340)
S. Gregório de Nissa (340)
Prudêncio (384-405)
S. Jerônimo ( 348 - 420), presbítero Strido, Itália.
S. João Cassiano (360-407)
S. João Crisóstomo - (349 - 407), bispo
S. Agostinho - (354 - 430), bispo
Santo Efrém (†373)
Santo Epifânio (†403)
S. Cirilo de Alexandria - (370 - 442), bispo
S. Pedro Crisólogo - (380 - 451), bispo, Itália.
S. Leão Magno-(400 - 461), papa Toscana, Itália.
S. Paulino de Nola (†431)
Sedúlio (sec V)
S. Vicente de Lerins (†450)
S. Pedro Crisólogo (†450)
S. Bento de Núrcia (480-547)
S.Venâncio Fortunato (530-600)
S. Ildefonso de Toledo (617-667)
S. Máximo Confessor (580-662)
S. Gregório Magno (540-604), Papa
S. Ildefonso de Sevilha (†636)
S. João Damasceno (675-749), bispo, Damasco

Doutores da Igreja

01. S. Atanásio - (295 -373), Alexandria .
02. S. Efrém - (306 - 373), diácono, Mesopotânia
03. S. Hilário de Poitiers - (310 - 367) - bispo
04. S. Cirilo de Jerusalém - (315 - 386) - bispo
05. S. Basílio Magno (330 - 369) - bispo , Cesaréia.
06. S. Gregório Nazianzeno - (330 - 379), bispo.
07. S. Ambrósio - (340 - 397), bispo - Treves - Itália.
08. S. Jerônimo ( 348 - 420), presbítero - Strido, Itália.
09. S. João Crisóstomo - (349 - 407), bispo - Antioquia.
10. S. Agostinho - (354 - 430), bispo - Tagaste - Tunísia.
11. S. Cirilo de Alexandria - (370 - 442), bispo
12. S. Pedro Crisólogo - (380 - 451), bispo , Imola - Itália.
13. S. Leão Magno - (400 - 461), papa, Toscana, Itália.
14. S. Gregório Magno - (540 - 604), papa - Roma - Itália.
15. S. Isidoro - (560 - 636), bispo, Sevilha
16. S. João Damasceno - (650 - 749), sacerdote, Damasco, Síria.
17. S. Beda Venerável - (672 - 735), Newcastle - Inglaterra.
18. S. Pedro Damião - ( 1007 - 1072), bispo , Ravena.
19. S. Anselmo - (1033 - 1109), bispo, Canterbury, Inglaterra.
20. S. Bernardo (1090 - 1153), abade - Dijon, França.
21. S. Antonio de Pádua - (1195 - 1231), sacerdote, Lisboa, Portugal.
22. S. Alberto Magno - ( 1206 - 1280), bispo, Baviera.
23. S. Boaventura - ( 1218 - 1274 ), bispo, Bagnoregio.
24. S. Tomás de Aquino - (1225 - 1274), sacerdote, Itália.
25. S. Catarina de Sena - (1347 - 1380), Sena , Itália.
26. S. Teresa de Ávila - (1515 - 1582) , virgem, Ávila, Espanha.
27. S. Pedro Canísio - (1521 - 1597), presbítero, Holanda.
28. S. João da Cruz - (1542 - 1591), presbítero - Fontiveros, Espanha.
29. S. Roberto Belarmino - (1542 - 1621), bispo, Montepulciano, Itália.
30. S. Lourenço de Brindes - (1559 - 1619), sacerdote, Itália.
31. S. Francisco de Sales - (1567 - 1655), bispo, Genebra.
32. S. Afonso de Ligório - (1696 - 1787), bispo, Nápolis, Itália.
33. S. Teresa de Lisieux - (1873 - 1897) , virgem, Lisieux, França.

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a intercessão dos Santos


INTERCESSÃO DOS SANTOS



A Intercessão dos Santos

Antigo Testamento

- Macabeus (2 Mac 15,11-15). Judas contou-lhes a visão que teve, onde Onias, sacerdote já falecido e Jeremias, intercediam por eles:
"Narrou-lhes ainda uma visão digna de fé uma espécie de visão que os cumulou de alegria. Eis o que vira: Onias, que foi sumo sacerdote, homem nobre e bom, modesto em seu aspecto, de caráter ameno, distinto em sua linguagem e exercitado desde menino na prática de todas as virtudes, com as mãos levantadas, orava por todo o povo judeu.
Em seguida havia aparecido do mesmo modo um homem com os cabelos todos brancos, de aparência muito venerável, e nimbado por uma admirável e magnífica majestade. Então, tomando a palavra, disse-lhe Onias: Eis o amigo de seus irmãos, aquele que reza muito pelo povo e pela cidade santa, Jeremias, o profeta de Deus. E Jeremias, estendendo a mão, entregou a Judas uma espada de ouro, e, ao dar-lhe, disse: Toma esta santa espada que Deus te concede e com a qual esmagarás os inimigos." (2Mac 15, 11-15)


Catecismo da Igreja:

O §2692 diz: “Na oração, a Igreja peregrina é associada à dos santos, cuja intercessão solicita”.

Concílio Vaticano II (LG, 49):
“Pelo fato de os habitantes do Céu estarem unidos mais intimamente com Cristo, consolidam com mais firmeza na santidade toda a Igreja. Eles não deixam de interceder por nós junto ao Pai, apresentando os méritos que alcançaram na terra pelo único mediador de Deus e dos homens, Cristo Jesus. Por seguinte, pela fraterna solicitude deles, a nossa fraqueza recebe o mais valioso auxílio” (LG 49).

“Sacrosantum Concilum” sobre a Liturgia:
“Na Liturgia terrena, antegozando, participamos da Liturgia celeste, que se celebra na cidade santa de Jerusalém, para a qual, peregrinos, nos encaminhamos. Lá, Cristo está sentado a direita de Deus, ministro do santuário e do tabernáculo verdadeiro; com toda a milícia do exército celestial entoamos um hino de glória ao Senhor e, venerando a memória dos Santos, esperamos fazer parte da sociedade deles; suspiramos pelo Salvador. ”(SC, 8).
“Os Santos sejam cultuados na Igreja segundo a tradição. Suas relíquias autênticas e imagens sejam tidas em veneração. Pois as festas dos Santos proclamam as maravilhas de Cristo operadas em Seus servos e mostram aos fiéis os exemplos oportunos a serem imitados. ” (SC, 111)

Exemplos dos Santos:
Santa Teresa era devotíssima de São José
“Tomei por advogado e senhor ao glorioso São José e muito me encomendei a ele. Claramente vi que dessa necessidade, como de outras maiores referentes à honra e à perda da alma, esse pai e senhor meu salvou-me com maior lucro do que eu lhe sabia pedir. Não me recordo de lhe haver, até agora, suplicado graça que tenha deixado de obter. Coisa admirável são os grandes favores que Deus me tem feito por intermédio desse bem-aventurado santo, e os perigos de que me tem livrado, tanto do corpo como da alma... A todos quisera persuadir que fossem devotos desse glorioso santo, pela experiência que tenho de quantos bens alcança de Deus...De alguns anos para cá, no dia de sua festa, sempre lhe peço algum favor especial. Nunca deixei de ser atendida".

São Domingos de Gusmão, moribundo, dizia a seus irmãos:
“Não choreis! Ser-vos-ei mais útil após a minha morte e ajudar-vos-ei mais eficazmente do que durante a minha vida”.

Santa Teresinha do Menino Jesus dizia antes de morrer: “Passarei meu céu fazendo bem na terra”. “Desde a mais tenra idade que, em minha alma, se confundiam o amor a São José com o da Santíssima Virgem”. (“História de uma alma”)


A Tradição da Igreja

Orígenes de Alexandria († 250)
, no seu “Tratado sobre a Oração”, recolhe as passagens bíblicas que falam da intercessão dos Santos e dos profetas, e faz a seguinte reflexão: as virtudes cultivadas nesta vida são definitivamente aperfeiçoadas no além. Ora a mais valiosa de todas é a caridade; esta, portanto na outra vida é ainda mais ardente do que na vida presente. Por conseguinte, os Santos falecidos exercem seu amor para com os irmãos na terra mediante a intercessão dirigida a Deus em favor das necessidades desses peregrinos. (Ver “Sobre a Oração” n.º 11,2).

São Jerônimo (340-420), doutor da Igreja: “Se os Apóstolos e mártires, enquanto estavam em sua carne mortal, e ainda necessitados de cuidar de si, ainda podiam orar pelos outros, muito mais agora que já receberam a coroa de suas vitórias e triunfos. Moisés, um só homem, alcançou de Deus o perdão para 600 mil homens armados; e Estevão, para seus perseguidores. Serão menos poderosos agora que reinam com Cristo? São Paulo diz que com suas orações salvara a vida de 276 homens, que seguiam com ele no navio [naufrágio na ilha de Malta]. E depois de sua morte, cessará sua boca e não pronunciará uma só palavra em favor daqueles que no mundo, por seu intermédio, creram no Evangelho?” (Adv. Vigil. 6)

Santo Hilário de Poitiers (310-367), bispo e doutor da Igreja, garantia que: “Aos que fizeram tudo o que tiveram ao seu alcance para permanecer fiéis, não lhes faltará, nem a guarda dos anjos nem a proteção dos santos”.

São Cirilo de Jerusalém (315-386): bispo de Jerusalém e doutor da Igreja, afirmava que:
“Comemoramos os que adormeceram no Senhor antes de nós: Patriarcas, profetas, Apóstolos e mártires; para que Deus, por sua intercessão e orações, se digne receber as nossas”.

S. Tomás de Aquino († 1274) professa semelhante doutrina. Pergunta, na Suma Teológica (11,11,83, 11), se os Santos na pátria rezam por nós. E responde afirmativamente; sim, a oração pelos outros decorre do amor ao próximo. Ora, quanto mais perfeitos no amor forem os Santos na outra vida, tanto mais hão de rezar pelos peregrinos na terra, a fim de os ajudar a chegar à vida eterna.

O Concílio de Trento(1545-1563) em sua 25ª Sessão, confirmou que : “Os santos que reinam agora com Cristo, oram a Deus pelos homens. É bom e proveitoso invocá-los suplicantemente e recorrer às suas orações e intercessões, para que vos obtenham benefícios de Deus, por NSJC, único Redentor e Salvador nosso. São ímpios os que negam que se devam invocar os santos que já gozam da eterna felicidade no céu. Os que afirmam que eles não oram pelos homens, os que declaram que lhes pedir por cada um de nós em particular é idolatria, repugna à palavra de Deus e se opõe à honra de Jesus Cristo, único Mediador entre Deus e os homens (1 Tm 2,5)”.


Os mortos não estão dormindo

A Carta aos Hebreus:

“Como está determinado que os homens morram uma só vez, e logo em seguida vem o juízo”. (Hb 9,27)
São testemunhas que nos acompanham nesta luta de hoje:
“Portanto também nós, com tal nuvem de testemunhas ao nosso redor, rejeitando todo fardo e o pecado que nos envolve, corramos com perseverança para o certame que nos é proposto” (Hb 12,1).
Dogma de fé proclamado pelo Papa Bento XII em sua Constituição “Benedictus Deus” no ano de 1336, e o Concílio universal de Florença, na Itália, as reafirmou em 1439, na seguinte declaração:
“As almas daqueles que, depois do Batismo, não se tiverem manchado em absoluto com alguma mancha de pecado, assim como as almas que, depois de contraída alguma mancha de pecado, tiverem sido purificadas ou no corpo ou fora do corpo,... essas almas todas são recebidas no céu e vêem claramente o próprio Deus em sua Unidade e Trindade, como Ele é; umas, porém, vêem mais perfeitamente do que outras, conforme a diversidade de méritos de cada qual. Quanto às almas daqueles que morrem com pecado atual e mortal... sem demora são punidas no inferno por penas que variam para cada qual”. (Denzinger , Enquiridio 693).
Concílio Vaticano II (LG, 49) “Até que o Senhor venha na sua majestade e todos os anjos com ele (cf Mt 25,31), e até que lhe sejam submetidas, com a destruição da morte, todas as coisas (cf. 1Cor 15,26-27), alguns dos seus discípulos peregrinam na terra, outros, já passados desta vida, estão se purificando, e outros vivem já glorificados, contemplando "claramente o próprio Deus, uno e trino, tal qual é"... Em virtude da sua união mais íntima com Cristo, os bem-aventurados confirmam mais solidamente toda a Igreja na santidade, enobrecem o culto que ela presta a Deus na terra e muito contribuem para que ela se edifique em maior amplitude (cf. 1Cor 12,12-27). Porque foram já recebidos na Pátria e estão na presença do Senhor, (cf 2Cor 5,8) - por ele, com ele e nele - não cessam de interceder em nosso favor junto do Pai, apresentando os méritos que - por meio do único Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, (cf. l Tm 2,5)... Na verdade, a solicitude fraterna dos bem-aventurados ajuda imenso a nossa fraqueza.” (LG, 49)


Novo Testamento:

Em Mateus 10,28 Jesus diz: “não temais os que matam o corpo, mas não podem matar a alma (‘psyché”); temei, antes, aquele que pode fazer perecer na geena o corpo e a alma”. O texto afirma a sobrevivência da alma após a destruição do corpo da pessoa.
Em Lucas 16,19-51, na parábola do rico e do pobre Lázaro, Jesus apresenta a sobrevivência consciente tanto dos justos como dos injustos. O rico após a morte vai para um lugar de tormento; e o pobre para um lugar de gozo. Isto enquanto a vida continua na terra, quer dizer, antes da volta de Jesus. O rico tinha cinco irmãos que poderiam também se perder também; e mostra que os defuntos sobrevivem após a morte e recebem já o prêmio ou o castigo. A ressurreição da carne completará a ordem e a harmonia que a alma santa já desfruta após a morte.
Ap 6, 9-11 - “Quando abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos homens imolados por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho de que eram depositários. E clamavam em alta voz, dizendo: Até quando tu, que és o Senhor, o Santo, o Verdadeiro, ficarás sem fazer justiça e sem vingar o nosso sangue contra os habitantes da terra? Foi então dada a cada um deles uma veste branca, e foi-lhes dito que aguardassem ainda um pouco, até que se completasse o número dos companheiros de serviço e irmãos que estavam com eles para ser mortos.” (Ap 6,9-11)
As almas do justos martirizados aspiram, na presença de Deus, à plena restauração da ordem e da justiça violadas pelo pecado; e assim, esperam algo que ainda não aconteceu, e que vai acontecer só na Parusia. Embora elas já estejam revestidas de vestes brancas, que é símbolo da vitória final e da bem-aventurança, continuam a acompanhar a nossa história, aguardando com expectativa o julgamento do Senhor.

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